terça-feira, 25 de novembro de 2008

Variação lingüística

         A língua de um povo caracteriza-se pelas diferentes formas de seu falar. É impossível falar na língua sem falar sobre as pessoas que a usam.

         O próprio nome variação sugere variedade, modos diferentes de falar e de escrever fazem parte da natureza humana.

         Estas variações são motivadas por diferentes elementos: status sócio econômicos, grau de escolaridade, origem geográfica, sexo, métodos de trabalho e redes sociais. De acordo com a experiência e a vivência de cada pessoa, a língua sofre interferências ao longo de seu processo de aprendizagem.

         A variação lingüística pressupõe uma avaliação. Existe uma avaliação positiva onde ocorrem maiores níveis de renda, melhores níveis de escolaridade e na zona urbana. Em contrapartida existe o estigma da avaliação negativa onde ocorrem menores níveis de renda e escolaridade.

         Erramos ao dizer que existe uma norma culta de se falar, desta forma estamos admitindo que o erro é inculto, levando ao preconceito lingüístico. Existe sim, uma norma padrão.

         Ocorre o preconceito lingüístico ao se afirmar que “ não saber falar é o mesmo que não saber pensar direito”.

         O uso de formas alternativas não determina debilidade mental, nem inteligência inferior.

         Neste sentido, cabe à escola alertar para a existência do preconceito,  possibilitando a desconstrução de toda a forma de discriminação e exclusão social.

  

Nenhum comentário: